quinta-feira, 18 de junho de 2009

Orion

Ele parte neste exato momento. Vai devagar. Não quer nada pra levar. Assim, vem pedindo. Chega de ficar. O corpo trouxo, frouxo, faz com que se rearrume inteiro. Nesses últimos tempos, é chegado o tempo de ir. Compra passagem. Sai de casa. Se despede dos que ama. Distante, emocionado, diz que foi bom enquanto durou. Orion, filho do fogo, companheiro de Diana. É chegada a hora de voltar pra casa. Sua cor e calor estalam aqui. O seu e o nosso céu estão logo ali!

sábado, 13 de junho de 2009

Labirinto

Santânica entrada reveladora da limitude do eu. Maldita minutagem disparada no encontro com o todo. Doida vontade daquilo que os olhos nunca aprenderão a ver. Desvendar-te? Só para aqueles que, diante de tudo, não fogem do agora.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cogente


Aprendi ontem a palavra cogente. O amigo que me apresentou a ela me disse ser sinônimo de uma daquelas expressões latinas nada modalizadoras. Essa tenho repetido vida afora. Sabe aquela idéia sem a qual a vida perde em graça? Por ela, revisto de vida o dia. Aprendi a fazer isso diante da letra de D. Ormy, com o olhar de toda tarde no pico que se indica em direção ao azul, ouvindo o barulho cauteloso do rio Itapemirim. Depois de tanto, para que tanta importância a algo que se imponha pela lógica. Nem mesmo a uma palavra nova. O que quero agora é que a vida se me revele, como ontem, co(n)gente.