Nesse meu pedaço, vou pintar a vida, fazer dela água colorida, lambugem, colagem, enquadrar meu próprio ponto de vista.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
DEPOIS DO SILÊNCIO
Três meses de silêncio são suficientes para ver a vida de outro lugar. Do meu encontro com o taxista até hoje, meus filhos cresceram alguns centímetros longe dos meus olhos, o primeiro presidente negro da história americana foi eleito, fiz planos de ir a Washington, escrevi um texto de cento e quarenta páginas. Encontrei abrigo em muito mais do que isso. Distante de casa, em minhas próprias entranhas, a vida passou depressa e permanece. Continuo em silêncio. No devagar depressa do tempo.
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